8a. Reunião do Grupo de Trabalho de Engenharia de Redes do Comitê Gestor da Internet Brasil 27 de maio de 1999 - 11:00h - SBRC'99 Bahia O Secretário do GT-ER Reinaldo Penno abriu a reunião apresentando um pequeno histórico do GT-ER e as metas para 99. O secretário ressaltou que o GT-ER é um fórum aberto e que todos podem participar. Além disso, deixou claro que quem não concordar com uma idéia ou proposta pode se expressar livremente pois todas as sugestões e críticas são bem vindas. Ricardo Maceira da Embratel ressaltou que as discussões do GT-ER normalmente eram feitas na lista e que isso era uma mudança de postura. O secretário reafirmou que as discussões na lista estavam paradas por enquanto porque não havia uma pessoa para manter o site do GT-ER, mas que discussões ao vivo são mais produtivas e que a lista deveria ser usada como apoio, assim como no IETF. Em seguida o secretário falou um pouco sobre as três apresentações que aconteceriam e sua importância para a Internet nacional: coleta de estatísticas, estrutura multicast e pontos de troca de tráfego. AGENDA PROPOSTA - Apresentações - Estatísticas - Multicast - PTT - Plenário Michele Lima (UNIOESTE) então fez sua apresentação falando sobre a importânica de se ter uma coleta de estatísticas no Brasil, como é feito nos EUA e Europa, problemas a serem resolvidos e proposta para os backbones brasileiros. A proposta se baseia na instalação da ferramenta de monitoração NIMI que roda em cima de uma plataforma UNIX FreeBSD. Após a aprsentação, Ricardo Maceira (Embratel) salientou que o nível de desconhecimento da rede brasileira ocorre a nível macro, mas a nível micro, cada empresa costuma ter consciência da sua própria rede, sugestão perguntar a cada um. Demanda reprimida, nao existe na Embratel, mas pode haver em redes ligadas à EBT, provedores e que o grau de confiabilidade da resposta fornecida pelos usuários pode depender do contexto. Afirma que a visão completa da rede é boa academicamente, mas pode bater em problemas de ordem estratégica para os provedores comerciais, dificultando a colaboração. A metodologia parece preocupada em mostrar 100% do universo, mas métodos de varredura nao vão poder pegar toda a informação, poder-se-ia utilizar métodos de amostragem para estimar o todo. Michele contra argumentou que não é o objetivo obter os dados estratégicos da empresa, mas obter informações para melhorar o serviço a todos os usuários, escolher os objetivos de investimentos futuros, etc. O grau de incerteza das coletas via DNS era muito grande para poder fazer amostragem. Milton da FAPESP ressaltou que eles tomaram iniciativa por conta própria, baseada na metodologia do Network Wizards, para a contagem de hosts no Brasil. O trabalho está sendo finalizado ainda, mas deve ser exposto ao público em breve. O secretário perguntou se alguém se disporia a participar do trabalho de coleta de estatísticas. Ricardo Maceira e Peter da IBM falaram que seria necessário mais informações sobre o software e metodologia de coleta dar uma posição final. O secretário falou então que o importante é saber se alguém tem alguma objeção a priori, e nao exigir um comprometimento. Miguel da Matrix salientou que a discussão ainda nao estava definida, a equipe deveria ser orientada a definir melhor o funcionamento da ferramenta e os métodos, para depois começar a implementar. Michele da Unioeste sugeriu começar pela lista e homepage com informacoes básicas.A maioria das ferramentas geram logs de grande tamanho, e ainda não se sabe que tipo de análise pode ser obtida desses logs. Peter (IBM) ressaltou que a manutencao desses mecanismos é cara. O secretário então, com o consenso dos presentes, pediu para a coordenadora do SGT de Estatísticas (Michele), a criação de um site o web e um rascunho de proposta, para difundir melhor as informações. Começou então a apresentação de João Mendes sobre a proposta de uma estrutura Multicast para o Brasil. O tema foi abordado da seguinte forma: vantagens e justificativas do multicast, porque ainda não temos multicast (problemas e dificuldades) e proposta para o MBONE-BR. Ricardo (Embratel) disse que o subgrupo deve vender a ideia de que Multicast é um serviço vantajoso. Divulgar informações em uma página web. João Mendes (UFRJ) contra argumentou falando que o apoio deve vir de cima. A iniciativa deve ser global. O que não faltam são bons motivos para instalação de multicast. Mauricio Spinola (Telemar - Bahia) disse que acha interessante a idéia e já faz experiências com transmissão multicast na rede regional bahiana. Michael Stanton (UFF) perguntou então como incentivar os provedores de acesso para aderir ao Multicast? Isto não está bem claro no quebra-cabeças apresentado. Devemos contactar as instituições de uma maneira mais consistente. Peixoto da RedeRio disse que eles possuiam um tunel para a CerfNet, mas que estavam se conectando a Embratel e ela ainda não oferece esse serviço. Reinaldo (Secretário) disse que conseguir um túnel não é uma coisa difícil. Existem várias alternativas. E ainda existe um túnel que pode ser conseguido através da ANSP. Entretanto a idéia não era ter iniciativas isoladas e sim que todos participassem para evitar túneis duplicados e insituições sem acesso ao serviço. Claus e Ricado (Embratel) demonstraram receio em colocar o serviço nos roteadores principais antes de testar melhor a tecnologia na mini rede de testes. João Mendes (UFRJ) disse que a melhor recomendação (utilizada por muitos grandes provedores americanos) ainda é não colocar nos roteadores do núcleo para não comprometer a rede, e sim em máquinas rodando FreeBSD ou outro sistema UNIX. O secretário pediu então para que o coordenador do SGT de Multicast entrasse em contato com as pessoas interessadas e montasse túneis de teste para se poder avaliar o impacto desse novo serviço na rede. Começou então a apresentação de Reinaldo Penno Filho (Secretário/UFRJ) sobre PTTs. Foi abordado a motivação dos PTTs, a situação atual no mundo, uma recomendação técnica mínima para o bom funcionamento de um PTT e o por fim a situação do PTT da ANSP. Várias perguntas foram feitas sobre os requisitos mínimos de se conectar ao PTT. O secretário disse que só é necessário ter um Autonomous System. Peter da IBM perguntou o que distingue um PTT oficial do existente na ANSP ? O comitê gestor propunha limitações muito rígidas na proposta original (antiga), e por isso não deu certo. O secretário disse que o PTT é oficial porque seria reconhecido pelo Comitê Gestor e seria sediado na FAPESP. Além disso, ideia é não ter requisitos rígidos para não desistimular os ISPs, caso contrário não iria funcionar. Os EUA podem colocar requisitos mais rígidos porque os PTTs nos EUA já são vistos inclusive como um negócio. Não vamos conseguir alavancar a Internet no Brasil colocando requisitos rígidos para os PTTs iniciais Milton (FAPESP) disse que no modelo adotado os participantes deveriam ter conexão internacional. O PTT atual da ANSP não possui nenhum acordo firmado oficial. Ricardo (Embratel) disse que por enquanto disse a Embratel prefere não participar. Eduardo da Global One disse que existe uma grande parte de provedores atrás do PTT, mas sem a Embratel isso perde a força. O Secretário disse que a presença da Embratel não deve ser encarada como um fator limitante. Se os outros grandes backbones do Brasil se associarem ao PTT, a Embratel acabará se associando também. Mais uma série de perguntas surgiu com relação ao PTT. Peter (IBM): Os acordos de trafego múltiplos sao obrigatorios ? Reinaldo (Secretário): Não. Ricardo (Ebratel): A proposta não especifica o acordo bilateral. Reinaldo (Secretário): Como ele é um acordo entre duas partes, essas devem definir suas propostas. Ricardo (EBT): É possível se cobrar por tráfego ? Reinaldo (Secretário): Sim Ricardo (EBT): Sobre o modelo que a ANSP segue, gostaria de esclarecer que a proposta nao é do Aluisio, mas de um grupo de trabalho anterior, resultante de limitações da época. Ricardo (EBT): A Embratel não participa do PTT porque o interesse de troca de tráfego é apenas com a RNP por apresentar características de tráfego semelhantes. Quando existe desbalanceamento o interesse deixa de ser mútuo e passa a ser comercial. Peter (IBM) ressaltou que não se deve confundir os problemas: pequenas redes no PTT, e possíveis clientes no PTT. Claus (Embratel) disse que o PTT pode gerar problemas de tráfego inútil no backbone interno caso o cliente não suporte o tráfego recebido. Peter (IBM): Isso já acontece, independente do PTT, caso o cliente esteja com seu canal subdimensinado. Reinaldo (Secretário): Existem muitas maneiras de se disciplinar tráfego em um backbone Houve então uma pausa na discussão para que Manuel Santos da Teleglobe fizesse uma apresentação sobre os planos da companhia para o Brasil. Na apresentação da Telegloble foi ressaltado que eles têm interesse em oferecer um PTT sem ferir a legislação e recomendações nacionais. Em seguida a discussão continuou. Eduardo (Global One): É possível a EBT colocar um enlace no PTT se os outros se cotizarem? Ricardo (Embratel): Sim. Eduardo (Global One): O nosso objetivo é fomentar o tráfego nacional. É possível então que os participantes possam comprar a presença da EBT no PTT ? Ricardo (Embratel): Se houver um contrato assinado e pago, pode ser feito sem problema. Ricardo (Embratel): A proposta deve incluir condições mínimas para restringir quem pode acessar o PTT. Reinaldo (Secretário): Não podemos voltar ao modelo antigo rígido que fracassou. Devemos ter características mínimas só para garantir adequação técnica. Ricardo (Embratel): Necessidade de link Internacional Reinaldo (Secretário): Cita um contra exemplo e ressalta que o PTT foi feito para trocar tráfego no Brasil, portanto não há necessidade de um link Internacional e sim, se o PTT assim o desejar, de um acesso rápido. Ricardo da Embratel concorda que realmente não necessidade de um enlace internacional para se conectar. O Secretário disse então que a recomendação sobre a Operação e Administração de PTTs no Brasil, assim como todo o material apresentado, serão colocados no site do GT-ER para que todos possam ler e criticar. Para finalizar o Secretário ressaltou mais uma vez que todas as instituições que quiserem se conectar ao PTT são bem vindas e que isso deve acontecer de uma maneira natural, a partir da consciência da importância dos PTTs no Brasil, e não baseado em leis. A abordagem ideal deve ser feita em cima de recomendações bem embasadas com o apoio de todos. Se certos projetos não forem para frente, não é culpa do comitê gestor, e sim de todos nós, já que a participação é fundamental. Com isso, a reunião foi encerrada. Participantes NOME EMPRESA E-MAIL Milton Kaoru Kashiwakura Fapesp mkaorura@ansp.br Wilson V. Ruggiero LARC wilson@larc.usp.br Liane Tarouco UFRGS liane@penta.ufrgs.br Andre Barotto UFSC andre@npd.ufsc.br Ricardo Luna de Santana FRB rluna@svn.com.br Vinicius Araújo UFPB voaraujo@netwaybbs.com.br Erick Thomaz da Silva UFPB/TRE-PB erick@tre-pb.gov.br Fabrício Barros Cabral UFPB/CEFE-PB fabricio@????.com.br Flavio Rosa Kaatz Dialdata S/A frkaatz@dialdata.com.br João Carlos Peixoto RedeRio peixoto@nce.ufrj.br Hugo Peña Netstream hugo.pena@netstream.com.br Miguel Carvalho Matrix Internet miguel@matrix.com.br Manuel Santos TeleGlobe santosteleglobe@uol.com.br Peter E. Lonergan IBM peterl@br.ibm.com Mauricio Spinola Telemar spinola@telemar-ba.com Nivaldo Custódio Impsat nivaldo@impsat.com.br Michael Stanton UFF michael@caa.uff.br Valter Roesler Unisinos roesler@exatas.unisinos.tche.br Humberto Rabelo UNIFAP/UFRN guido@dimap.ufrn.br Tania Exemkin Jornal A Tarde texemkin@atarde.com.br Eduardo Reigada Global One edurado.reigada@globalone.net Pablo Vieira Florentino UFBA/OPEN-SCHOOL pablo@open-school.com Heriberto Fernandez Blanco CTBC Telecom heriberto@ctbctelecom.net.br Ricardo Maceira Embratel rmaceira@nic.embratel.net.br Michele Lima UNIOESTE michele@unioeste.br Claus Rugani Topke Embratel claus@embratel.net.br Reinaldo Penno Filho UFRJ reinaldo@ieee.org